Já quis ser baterista, jogador de futebol,
biólogo e gastrônomo. Eu já fiz bola de
chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, já brinquei de
cavaleiro. Já toquei campainha e sai correndo.
Já brinquei de guerra de balão com água, já brinquei de esconde-esconde,
já briguei. Já me quebrei jogando bola e ficaram lembranças no corpo. Já tomei
banho de chuva e acabei me resfriando, já escrevi e desenhei nas carteiras da
escola, já chorei na madrugada, já cantei tomando banho sem ter de me preocupar
com a afinação. Já fiz viagens maravilhosas com a minha família: Salvador,
Atibaia, Guarujá, Brasília, São Paulo, Parati. Já fiz aulas particulares de
língua portuguesa para melhorar minhas notas na escola, já fiz aulas de futsal
sonhando em algum tinha entrar para seleção.
E agora um
formulário me interroga, encosta-me na parede e grita: “Qual é a sua
experiência?”. Essa pergunta ecoa no meu cérebro experiência... experiência...
experiência... Será que ser “Plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos.
Agora, gostaria
de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência?
Quem a tem? Se a todo momento se renova?
Esta
Paródia é um gênero textual com característica predominante descritiva.
De
acordo com o dicionário “Aurélio” (2009, p. 611), Paródia significa imitação
cômica de uma composição literária.
Texto
produzido no Curso de Técnica de Redação na FBS Comunicação / Colégio Ômega,
sob a orientação do Prof. Esp. Flávio dos Santos.
FONTE
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda
“minidicionário Aurélio da língua portuguesa.” 7.Ed. Curitiba. Editora
Positivo, 2008.